As políticas agrícolas têm incentivado ao longo do tempo a exploração da terra. A agricultura intensiva praticada no Baixo Alentejo, baseada em monoculturas de sequeiro e de regadio, tem conduzido a uma erosão acelerada do solo e à perda de fertilidade. A mudança climática e a sobre-exploração dos recursos hídricos tem causado a diminuição da disponibilidade de água, afetando não só a agricultura, mas também os ecossistemas e as comunidades locais. A análise centra-se no caso das Serras de Serpa e de Mértola.
Professora Catedrática do Departamento de Geografia e Planeamento Regional da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Investigadora integrada no Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais CICS NOVA. Coordenadora e investigadora em vários projetos nacionais e internacionais, sobre temáticas relacionadas com a Desertificação, Mudanças Climáticas, Catástrofes Naturais. Membro da Comissão Nacional de Combate à Desertificação. Recebeu em 2013 o prémio das Nações Unidas - "Dryland Champions" - UNCCD, em Lisboa a 17 de junho, entregue pelo Secretário de Estado da Agricultura, do Mar e do Ambiente, do Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território. É membro da Academia das Ciências de Lisboa.