Nesta comunicação descreveremos as transformações na organização do espaço agrário e atividade económica em torno do sector primário no Baixo Alentejo, entre os séculos XVI e XIX. A produção de cereais, sobretudo trigo, teve um lugar preponderante, para além de outras culturas, como a olivícola e a vinícola, integrando o património agrário mediterrânico. A par com a produção agroflorestal associaremos a evolução do setor às diferentes conjunturas políticas, económicas e sociais.
Leonardo Aboim Pires é doutorando em Ciências da Sustentabilidade no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS/UL) com uma bolsa da FCT (2020.06506.BD). É investigador do Centro de Estudos Interdisciplinares da Universidade de Coimbra (CEIS20) e o ICS/UL. É membro do projeto ReSEED – Rescuing seed’s heritage, financiado pelo European Research Council (ERC) e coordenado por Dulce Freire. As suas áreas de investigação têm sido a história rural e agrária e a história ambiental.
Carlos Manuel Faísca é doutorado em Economia pela Universidad de Extremadura (Unex), com uma tese que aborda o desenvolvimento do negócio corticeiro ibérico, premiada pela Unex e Sociedad de Estudios de Historia Agraria. É membro do projeto ReSEED e desenvolve o projeto individual financiado pela FCT sobre a agricultura de sequeiro: DryMED – Exploring dryland: agrarian systems and crop varieties in Mediterranean Iberia (18th to 20th centuries). Na Universidade de Coimbra acumula as funções de Investigador Integrado e Vogal da Coordenação do CEIS20, com as de Professor Auxiliar Convidado da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. É ainda Presidente da Associação Portuguesa de História Económica e Social.